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A evolução das mulheres no mercado financeiro

A busca pela igualdade de gênero sempre foi pauta de debate no âmbito político, econômico, social e cultural. Desde que conquistaram seu espaço na sociedade, as mulheres têm lutado pelo constante reconhecimento em suas respectivas áreas de atuação. Alguns setores como o de tecnologia, indústria e mercado financeiro ainda são marcados pela hegemonia masculina, no entanto, é notável o crescimento da participação feminina no cenário dos negócios. 

Luta das mulheres na conquista por seus direitos

Sob a perspectiva histórica, a luta pela igualdade de gênero representa um longo período de adversidades para as mulheres. O direito ao voto no Brasil, por exemplo, só surgiu em 1932 por meio de um decreto que também criou a Justiça Eleitoral durante o governo Getúlio Vargas. Desde então,  a relevância feminina no espaço político começou a dar seus primeiros sinais de crescimento. Mas como essa representatividade se configura em outros setores no século XXI? É o que veremos a seguir.

Participação das mulheres no mercado financeiro

Entre 2018 e 2021, o público feminino da B3, a Bolsa de Valores do Brasil saltou de 126 mil para 924 mil. Esse número representa uma parcela de 26,6% do total de investidores até o momento. A estimativa, feita pela Forbes, sustenta que alguns fatores como a educação financeira e a acessibilidade à informação têm contribuído para essa mudança de conjuntura. 

Todavia, ainda é preciso evoluir muito quando o assunto é carreira em negócios. Embora a quantidade de investidoras registradas com o CPF na bolsa de valores tenha aumentado, o contexto empresarial ainda é bem desafiador para esse grupo.

mulher investidora com notebook na mão

Das mais de 400 empresas de capital aberto no Brasil, cerca de 230 não têm uma única mulher nos cargos de alta gestão, e em média 180 delas não têm participação feminina no conselho.

De acordo com o relatório World Gender Gap 2020, do Fórum Econômico Mundial, no ritmo atual seriam necessários quase 100 anos para que a igualdade de gênero fosse alcançada no mundo.

Um levantamento feito pela Female Founders Report revelou que apenas 4,7% das startups brasileiras foram fundadas por empreendedoras. Em empresas do serviço financeiro, cerca de 30% possuem mulheres em seu quadro societário. Os números por segmentação de fintechs ficam assim: 

  • Crowdfunding: 37,5%;
  • Crédito: 21,4%;
  • Meios de pagamento: 14,3%;
  • Risco e compliance: 14,3%;
  • Dívidas: 12,5%;
  • Fidelização: 11,8%;
  • Investimentos: 10%.

A importância da presença feminina no mercado financeiro

Em qualquer área de gestão, as mulheres desempenham um posicionamento diferente em relação aos homens. Segundo pesquisas sobre lideranças, elas possuem soft skills fundamentais para o desenvolvimento de pessoas e setores. Por isso, economistas, bancárias e administradoras têm conquistado cargos e funções estratégicas frente ao mercado financeiro.

Além disso, carteiras gerenciadas por mulheres tendem a garantir um retorno maior do que as que são gerenciadas por homens! Isso porque os perfis femininos têm uma tendência mais analítica e uma visão sobre rentabilidade a longo prazo, por exemplo. 

mulheres de negócios trabalhando

Como inserir mulheres no mercado financeiro? 

Como dito anteriormente, o caminho ainda é repleto de obstáculos, mas os últimos anos têm se mostrado bastante promissores para a participação feminina no mercado. Por esse motivo, é importante frisar algumas práticas de incentivo à inserção de mulheres no setor financeiro.

Entre as ações mais comuns estão: rodas de conversa com empresárias e investidoras; eventos; palestras e convenções com foco no público feminino; acesso à educação financeira e é claro, a abertura de oportunidades em cadeiras de instituições financeiras como bancos, corretoras, fintechs, etc.

Garantir meios de inserção das mulheres no setor é permitir que a igualdade de gênero avance e que a parcela feminina da população passe a ter as mesmas oportunidades que os homens, para, assim, promover um ambiente mais justo e igualitário.

Em 2021, a Nasdaq adotou algumas estratégias para estimular que as empresas listadas na bolsa trabalhem com a diversidade e inclusão. O objetivo dessa proposta é ampliar as oportunidades disponíveis no mundo dos negócios tanto para mulheres quanto para pessoas LGBTQIA+.

Ah, e para inspirar essa empreitada, separamos alguns nomes muito relevantes do mercado financeiro que valem muito a pena acompanhar: 

  • Sandra Blanco;
  • Cristina Junqueira;
  • Gabriela Mendes Chaves;
  • Nina Silva;
  • Mônica Costa;
  • Camila Farani;
  • Chris Arcangeli;
  • Luiza Trajano.

Sem sombra de dúvidas, elas possuem ampla expertise na área, além de vivenciarem de perto a intensa rotina do mundo dos negócios.

O que sua empresa tem feito para incentivar a participação de mulheres no mercado financeiro? Quais são as iniciativas adotadas? Você parou para pensar em como pode contribuir com mudanças positivas?

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